sexta-feira, 21 de novembro de 2008

O impacto da UE em Portugal


O que os portugueses pretendiam e o futuro veio a confirmar, era com a integração no Mercado Comum criar novos e poderosos instrumentos para a recuperação capitalista e latifundista, era conseguirem apoios e ajudas para liquidar o regime democrático, para liquidar o Portugal de Abril e as suas conquistas.·
As forças políticas defensoras da adesão pretendiam desta forma com a nossa integração criar as condições para a destruição completa das transformações democráticas alcançadas, para a restauração do capitalismo monopolista em Portugal, para a restauração do poder económico e político dos monopólios e dos latifundiários, para a liquidação do regime democrático consagrado na nossa Constituição.
Sempre o nosso partido advertiu que a integração visava, não resolver os problemas e impulsionar a economia portuguesa, mas sim obter um novo e poderoso instrumento e criar condições para a destruição completa das transformações democráticas alcançadas.
Feita esta pequena introdução, e não deixando de responder àqueles que viam na integração de Portugal no Mercado Comum uma oportunidade para o nosso país alcançar rapidamente a prosperidade e o desenvolvimento, não deixámos nessa Conferência de dizer que considerávamos que a nossa economia não estava em condições de integrar a Comunidade Europeia.
O nosso país apresentava então níveis de desenvolvimento e consequentemente de produtividade que não nos permitiam competir no mercado externo e interno, com os outros países da Comunidade, sem apoios do Governo.·

Vinte anos após a adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia (CEE), qualquer balanço económico não poderá deixar de fazer referência ao impacto da adesão sobre a nossa estrutura produtiva, sobre a balança comercial, sobre o ritmo e características do crescimento económico, a evolução do emprego e do desemprego, a distribuição do rendimento pelas famílias, os níveis de educação, saúde e segurança social da nossa população, em suma sobre os índices de qualidade de vida e a sua comparação com os restantes países comunitários.
Em síntese é fundamental que com este balanço possamos poder concluir, não só se a situação económica do nosso país melhorou comparativamente com os nossos parceiros comerciais, mas também se fruto desse desenvolvimento, o nosso país é hoje um país menos desigual e se dada a situação de partida crescemos a um ritmo superior ao dos nossos parceiros comerciais.
Já em relação à população empregue, antes da adesão o Sector Primário e Secundário empregavam 53,2% da população activa, hoje empregam apenas 40% dessa mesma população (menos 25% da população empregue nestes sectores produtivos), curiosamente no mesmo período a população empregue nestes sectores em todo o espaço comunitários a 15, baixou mais, (cerca de 28%), representando

por : Grupo

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